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“O Brasil não é para principiantes”

O Brasil não é para principiantes
Quando esteve no Brasil, Charles De Gaulle herói em duas guerras mundiais e presidente da França teria dito que “O Brasil não é um país sério”. Já Ben Gurion, articulador da fundação do Estado de Israel e Primeiro-Ministro na época da renúncia de Jânio Quadros, comentou: “Como alguém pode renunciar em um país com tanta água?”. Tanto De Gaulle como Gurion eram homens excepcionais, na verdade gênios políticos da época que ajudaram a desenhar o mapa do mundo na segunda metade do século XX. Mas, mesmo com toda genialidade, esses homens não conseguiam entender o Brasil. Realmente é muito difícil para alguém de fora, por mais qualificado que seja, entender como funciona a economia brasileira. Uma economia com caminhos tão distintos que não cabe em manuais de consultoria nem em fórmulas padronizadas. Confesso que era até divertido tentar explicar para um americano ou para um alemão o confisco da poupança do Plano Collor I. Olhavam-nos atônitos, ainda mais porque ousávamos entender até aquela famigerada tabelinha de conversão para URV. Para quem tem menos de 30 anos, os inúmeros planos econômicos, os fiscais do Sarney e a Sunab integram os livros de história. Para nós, um pouco ou muito depois dos 30, é tudo memória. Nos últimos 30 anos, o Brasil mudou de moeda seis vezes e lançou 11 pacotes econômicos. Olha que não foram “marolinhas”, não. Em alguns momentos pareciam furacões como o Katrina. Por isso, que apesar de ministros da fazenda ensandecidos – inclusive uma que adorava bailar com outro colega de ministério ao som de ‘Besame Mucho’ – planos mirabolantes, turbulência política e crises internacionais há que se registrar a garra, persistência e o compromisso com o País de empresas que estão aí há mais de 30,40, 50 anos no mercado.

Nós, do FBDE|NEXION, por exemplo, estamos perto de completar 45 anos de atuação. Somos uma das poucas consultorias empresariais 100% nacional que passou por tudo isso. O que nos dá a experiência e a segurança como nenhuma outra no País.

Em mais de quatro décadas como dirigente empresarial e consultor tive a oportunidade de ver, ouvir e até participar de várias histórias: dramáticas, engraçadas, bem ou malsucedidas. Ao escrever a história de sucesso da nossa organização ajudamos a construir a história de milhares de empresas, em quase todos os segmentos da economia.  Empresas em diferentes momentos e com diferentes necessidades que ao mesmo tempo em que chegam até nós, perplexas com o cenário político e econômico, também têm em comum a teimosa e a esperança. Outro traço do brasileiro difícil de explicar para quem é de fora.

Nós teimamos em seguir em frente apesar das adversidades. Por isso, entre a perplexidade dos estrangeiros, fico com a sabedoria definitiva do nosso Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes”.

Até a próxima carta do mês!

Denis Mello

Diretor-presidente

Pequisar

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