Como em todo período de crise, seja profissional ou pessoal, somos levados a refletir sobre sobre qual foi a lição ministrada com o episódio.
Acredito que vivemos um momento de reafirmação da veracidade da percepção de que as turbulências podem ser vencidas ou ultrapassadas, na medida em que não dediquemos a elas uma dimensão maior do que realmente possuem.
Trata-se de um bom exemplo para aprendermos ou reforçarmos as consequências positivas da sobriedade da análise dos fatos, que nos leva a ultrapassar problemas e saírmos ainda melhores. Lembrarmos de que, como tudo na vida, a perspectiva de futuro sempre está relacionada ao grau de capacidade de enfrentamento de cada um, de cada gestão.
Como ensinamento, os momentos de crise nos apontam a permanente necessidade do que podemos chamar de humildade científica, ou seja, o reconhecimento de que, por mais eufóricos que estejamos com nossas conquistas, nada é estático, tudo está em movimento.
Acredito que, assim como um dos personagens do escritor Fernando Sabino, temos apenas três “certezas”: “a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar”.
Assim, para surfarmos no movimento incerto das ondas da vida e dos negócios, é imperativo reconhecermos que toda situação é superada por novas soluções e novos desafios.
A velocidade dessa superação está diretamente relacionada à nossa capacidade e sensibilidade de prever e agir em todos os momentos do ciclo. Dependemos da capacidade de linear o crescimento, independente do momento.
Felizmente, muitas empresas já conhecem essa “lição”. Serenamente, analisam o cenário e adequam às estratégias de acordo com a realidade da “nova onda”.
E, assim, emergem como uma geração de empresas, alicerçadas por gestões fortalecidas, testadas e chanceladas para um próximo ciclo, que esperamos seja de crescimento constante.
Pense nisso e até a carta do próximo mês.
Denis Mello
Diretor-presidente